01/09/09 - 11h40 - Atualizado em 01/09/09 - 22h36
Arrecadação deve subir de R$ 465 bi em 2009 para R$ 545 bi em 2010.
Segundo Paulo Bernardo, isso mostra que a crise foi 'superada de vez'.
Alexandro Martello Do G1, em Brasília
Após uma queda de arrecadação neste ano, por conta da retração do nível de atividade econômica, um dos efeitos da crise financeira internacional na economia brasileira, o governo federal espera voltar a ter mais receitas em 2010, segundo números que constam na proposta de orçamento federal no próximo ano - período eleitoral.
A previsão é de arrecadar R$ 80 bilhões a mais no ano que vem. Nestes valores, não está incluída a arrecadação do INSS e nem as chamadas "demais receitas" (royalties e concessões, entre outros). Referem-se apenas aos impostos e contribuições federais, sem contar a arrecadação, também, dos estados e municípios com IPTU, IPVA e ISS, entre outros.
Paulo Bernardo, ministro do Planejamento, admitiu que, por conta da crise, o governo está "apertado" neste ano. "Em 2010, prevemos um pouco mais do que tínhamos previsto para 2008, antes da crise piorar. Então, vamos ter um aumento em 2010. A arrecadação vai voltar ao padrão. Mas não vamos arrebentar a boca do balão", disse o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, acrescentando que isso é um "bom sinal". "Superamos de vez esta crise", acrescentou ele.
Crescimento e arrecadação
Na proposta de orçamento federal de 2009, enviada em agosto do ano passado ao Legislativo, a previsão do governo era de arrecadar R$ 522 bilhões neste ano.
Segundo o Ministéro do Planejamento, a subida da arrecadação prevista para 2010 tem por base um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da ordem de 4,5%. Em 2009, a expectativa do governo é de que o PIB avance 1%. Entretanto, o mercado financeiro projeta uma retração de 0,30% para este ano.
As receitas primárias totais, por sua vez, deverão somar R$ 853 bilhões em 2010, informou o ministro Paulo Bernardo, contra R$ 743 bilhões na previsão deste ano. Ou seja, uma elevação de 14,8%.
Aumento de despesas
Ao mesmo tempo, porém, a previsão do governo é de que as despesas primárias também subam no próximo ano, para R$ 802 bilhões. Em 2009, a expectativa é de que as despesas totalizem R$ 710 bihões. Com isso, a projeção é de um crescimento de 12,9% no ano que vem.
O ministro Paulo Bernardo confirmou que constam no projeto de lei orçamentária os recursos necessários para a nova parcela de reajuste dos servidores públicos (2010), assim como o aumento da meta de superávit primário, que é a economia feita para pagar juros da dívida pública, de 2,5% para 3,3 do PIB. Neste ano, a meta foi reduzida pelo governo por conta da crise financeira internacional.
Os gastos com pessoal, de acordo com o Ministério do Planejamento, é de que as despesas com pessoal e encargos somem R$ 169 bilhões em 2010, contra R$ 155 bilhões neste ano. Já as transferências a estados e municípios devem avançar para R$ 141 bilhões no próximo ano, na comparação com R$ 120 bilhões neste ano.
Com o salário mínimo, cuja proposta é de aumento de R$ 465 para R$ 505,90, o governo espera gastar mais R$ 8 bilhões em 2010, informou o Ministério do Planejamento. A proposta também contempla o reajuste do Bolsa Família, concedido recentemente, assim como o reajuste dos aposentados que ganham mais de um salário mínimo.
http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL1288089-9356,00-APOS+CRISE+GOVERNO+ACREDITA+EM+AUMENTO+DE+R+BI+NA+ARRECADACAO+EM.html
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