Blog da BlueTax moderado por José Adriano
Blog da BlueTax
Depois das “Luízas”, analogia que se prestou muito bem a definir as empresas visivelmente distantes da nova realidade trazida pelo Sistema Público de Escrituração Digital, entra em cena outro irresistível motivo para comparações instigantes.
O recente e lamentável episódio envolvendo o vazamento na internet de imagens privadas da atriz Carolina Dieckmann serve para lembrar o quanto todos nós estamos vulneráveis.
As motivações do cibercriminosos são das mais variadas. Oscilam da competição pura e simples – no melhor estilo dos pichadores – à busca frenética do lucro fácil, por meio de extorsões e afins.
Evidentemente, essa segunda classe de hackers é a real ameaça à espreita das organizações que hoje enviam milhares de dados diariamente às várias instâncias do fisco, informações muitas delas passíveis de se transformar em matéria-prima suculenta para práticas delituosas.
Tecnicamente falando, um dos grandes vilões desta história são os chamados phishings, que em bom informatiquês significam o roubo de senhas e outros sigilos de usuários de e-mail, SMS ou sistemas de mensagens instantâneas.
A técnica utilizada pelos golpistas ao utilizar tal expediente é iludir as pessoas por meio de correspondências eletrônicas com falsa identidade, aparentemente enviadas por autoridades ou empresas confiáveis, levando a vítima a digitar, candidamente, tudo que lhe peçam.
Imagine, então, uma empresa caindo em golpe semelhante desnudando suas notas fiscais eletrônicas emitidas? Simplesmente estaria fornecendo de bandeja todo o seu cadastro de clientes, produtos, preços e informações tributárias.
No mundo Pós-SPED, em que há mais de 800 mil empresas emitindo NF-e, e mais de 500 municípios já adotando também a Nota Fiscal de Serviços eletrônica (NFS-e), a prática de phishing vem crescendo assustadoramente.
Milhões de empresas recebem diariamente algum tipo de ameaça em suas caixas postais eletrônicas, notadamente e-mails contendo um suposto documento fiscal cujo remetente solicita visualização e download a partir de falsos links para o Portal Nacional da NF-e ou alguma prefeitura. A confusão fica ainda maior quando se recebe dos fornecedores um volume gigantesco de notas fiscais por e-mail.
Fica então a pergunta crucial: como diferenciar as mensagens verdadeiras das falsas?
Claro, há técnicas e softwares para tal, embora o melhor caminho a seguir seja não utilizar o correio eletrônico no tráfego de informações corporativas tão valiosas. Afinal, e-mail não garante a entrega, tampouco o sigilo dos dados.
O ideal é que as companhias utilizem soluções especializadas para a troca de dados B2B, cercados de segurança e sigilo. Enquanto isso não ocorre, o jeito é pelo menos remediar, com a adoção de bons sistemas de segurança e antivírus.
Mas lembre-se: a mais avançada tecnologia preventiva se anula quando as pessoas não estão bem preparadas. Por isso, o investimento mais importante continua sendo no capital humano, abrangendo conhecimento e atitude.
Caso contrário, corre-se o risco de copiar o pior papel vivido até hoje pela famosa atriz, ficando literalmente nu diante de toda a sorte de fraudadores virtuais.
© 2024 Criado por José Adriano. Ativado por
Você precisa ser um membro de Blog da BlueTax moderado por José Adriano para adicionar comentários!
Entrar em Blog da BlueTax moderado por José Adriano