Opinião
Ângela Rocha
Atualmente a profissão contábil se coloca como uma das profissões de maior projeção no País. O futuro do contador há muitos anos não estava tão promissor, principalmente pelo resgate do valor informacional da contabilidade, saindo de uma contabilidade normativa (legalista) para uma contabilidade mais subjetiva na qual se valoriza o conhecimento efetivo da ciência contábil. Com o processo de harmonização das Normas Brasileiras de Contabilidade aos padrões internacionais emitidos pelo International Accounting Standards Board – IASB, a contabilidade brasileira passa a observar mais a essência dos eventos e das transações econômicas, e não meramente sua forma legal. Paralelamente, o avanço dos sistemas de informação permite que o contador ocupe mais o seu tempo no gerenciamento da informação e não tanto na sua elaboração. Um grande avanço tecnológico de impacto para a contabilidade é o Sistema Público de Escrituração Digital – SPED e a Nota Fiscal Eletrônica – NF-e. É uma nova forma de trabalho para a área contábil e que gerará muitas mudanças nos processos contábeis.
Os recém-formados encontram um mercado de trabalho exigente, entretanto com um dos melhores níveis de empregabilidade no País. A classe contábil brasileira possui mais de 406 mil profissionais habilitados. Mesmo com esse número significativo de contabilistas, faltam profissionais que atendam ao perfil requisitado pelas empresas frente às mudanças introduzidas pela nova lei das Sociedades Anônimas, bem como pela crescente automatização dos processos e controles, nos quais os profissionais da contabilidade possuem um papel estratégico nas organizações, conduzindo os tomadores de decisão.
Para fazer frente às demandas fiscais, tributárias, societárias e, fundamentalmente, para atender às necessidades de gestão, tanto as empresas de grande como de médio e pequeno porte necessitam cada vez mais de profissionais da área contábil. Para exemplificar a importância do profissional para as empresas de pequeno porte, a partir de 1º de julho a classe brasileira passou a ter um novo e importante desafio: esclarecer e orientar milhares de trabalhadores interessados em aderir ao Microempreendedor Individual – MEI. Cabe à profissão contábil mostrar aos trabalhadores autônomos, com faturamento bruto de até R$ 36 mil por ano, que a formalidade é um bom negócio.
Entre as áreas de maior crescimento para a contabilidade brasileira pode-se citar a área socio-ambiental. A área está sendo tema de uma nova Norma Brasileira de Contabilidade (NBC), a ser publicada pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) nos próximos dias. A norma ambiental irá determinar os critérios de reconhecimento, classificação, mensuração e divulgação dos eventos e das transações que causem ou venham a causar, direta ou indiretamente, algum tipo de impacto ao meio ambiente, que poderá ser de natureza positiva ou negativa. Além do aspecto técnico, a NBC tem uma função social importante para a sustentabilidade do planeta.
Neste dia comemorativo do contador, o curso de Ciências Contábeis da Unisc, que há 45 anos vem contribuindo na formação de profissionais da contabilidade, não poderia deixar de parabenizar todos os contadores brasileiros e em especial seus 1.668 egressos, que confiaram a sua formação à Unisc e que levam consigo para diferentes regiões a marca da universidade.
Márcia Rosane Frey/Profª. Ms., coordenadora do curso de Ciências Contábeis da Unisc/mfrey@unisc.br
Atualmente a profissão contábil se coloca como uma das profissões de maior projeção no País. O futuro do contador há muitos anos não estava tão promissor
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