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Acreditem ou não a globalização chegou até os modelos de contabilização!
IFRS! Este é o novo modelo de contabilização mundial, inclusive no Brasil.
Após diversas crises mundo afora, ficou claro para a comunidade financeira que as empresas usavam algumas práticas contábeis internas e não,
necessariamente, as “geralmente aceitas”, demonstrando fragilidade no
sistema.
Após a crise de 1997, surgiu um movimento de convergência de contabilidade para normas únicas. E assim apareceu o IFRS.
Em 2005, o IFRS foi largamente adotado pelos países da União Européia com o objetivo de harmonizar as demonstrações financeiras publicadas pelas empresas abertas.
Esta iniciativa foi rapidamente acolhida pela comunidade financeira internacional, pois traria o benefício de um padrão para a análise das empresas,
maior transparência nas demonstrações financeiras, além de possibilitar a
comparabilidade das demonstrações financeiras de companhias com outras do
mesmo segmento no mundo todo, facilitando a captação de crédito ou de
investimentos, abrindo portas para fusões e/ou aquisições.
No Brasil, a lei 6.404, que é de 15 de dezembro de 1976, foi modificada em 2007 pela Lei 11.638 que iniciou o processo de adoção no Brasil dos princípios
do IFRS (International Financial Reporting Standard). De 2008 a 2010, o Comitê
de Pronunciamentos Contábeis (CPC), emitiu mais de 50 novas normas e
interpretações contábeis , todas alinhadas com o IFRS.
Porém, geralmente o que tem acontecido no mercado, é que as empresas maiores, principalmente aquelas de capital aberto, já estarão plenamente adequadas aos
novos padrões contábeis internacionais até 31 de dezembro de 2010, mas as
micros, pequenas e médias ainda não se deram conta da importância de adotar o
IFRS – talvez porque não haja a obrigação de publicar seus resultados e nem haja
uma definição de como se fiscalizar essas empresas que não são obrigadas a
adotar tal prática.
Mas vale ressaltar que temos um modelo contábil único no país – hoje representado pelas normas do CPC – e isso faz com que empresas, independente do porte, tenham que se adaptar às normas do IFRS.
Vejam alguns exemplos de alterações que vão causar impacto nas demonstrações financeiras de qualquer empresa:
Portanto, fiquem de olho!
A micro, pequena ou média empresa de hoje é a grande empresa de amanhã, e o principal objetivo das demonstrações financeiras em IFRS é dar informações sobre
a posição financeira, os resultados e as mudanças na posição financeira de uma
determinada empresa, que seja útil ao maior número de usuários – investidores,
empregados, fornecedores, clientes, instituições financeiras ou governamentais,
agencias de notação, público, etc. – para a tomada de decisão para seus
investimentos.
Maristela Ishikawa
Consultora em Controladoria e Planejamento Financeiro para PME’s
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