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O atual cenário de formação de novos contabilistas e as expectativas que o mercado deposita aos futuros contadores foram os temas centrais discutidos no painel “Formação Acadêmica e Educação Continuada”, apresentado durante o segundo dia da Conferência Brasileira de Contabilidade e Auditoria Independente – Ibracon 40 anos.
O painel esteve composto por profissionais que atuam diretamente em Educação Profissional Continuada destinada à contabilidade e auditoria. Desta forma, participaram o chefe do Departamento de Contabilidade da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA/USP), Edgar Bruno Cornachione Jr.; o diretor de Desenvolvimento Profissional do Ibracon – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, Jorge Alberto da Cunha Moreira e a coordenadora da Comissão de Educação Profissional do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Ana Tércia Rodrigues, que representou a vice-presidente de Desenvolvimento Profissional e Institucional do CFC, Maria Clara Cavalcanti Bugarim. O painel foi mediado pela presidente da Diretoria Nacional do Ibracon, Ana María Elorrieta.
Edgar Bruno Cronachione Jr., expôs a evolução da profissão contábil, destacando que as demandas oferecidas pelo mercado e pelo ensino acadêmico precisam formar um laço de casamento, pois a teoria e a prática devem andar juntas, para que o profissional contabilista tenha condições de desenvolver um trabalho equilibrado e consistente. “O mercado oferece aos contabilistas mecanismos de preparação profissional diferenciados, como por exemplo, o exame de suficiência, aplicado pelo CFC. Vejo essa ação com bons olhos, afinal, é uma maneira de restabelecer e reforçar a profissão no país.”, ressaltou.
Além disso, Edgar Cronachione Jr. disse que a expectativa é que o conteúdo, um dos agentes fundamentais no programa de Educação Continuado, voltado a todos os países, se desenvolva dentro da perspectiva de aprimoramento e evolução, proporcionando mais qualidade no aprendizado dos contabilistas. “Para isso, será preciso avaliar a necessidade de aplicação de modelos tradicionais ou novas tecnologias para que possamos atingir os resultados que esperamos.”, informou.
Jorge Alberto da Cunha Moreira apresentou pontos a respeito da importância da Educação Continuada para o profissional contabilista. “A exigência da Educação Continuada para o contador é constante, tendo em vista que tão logo o bacharel formado em contabilidade recebe seu diploma, ele necessita fazer a prova de suficiência e após, deverá estar sempre se atualizando e participando de cursos e eventos ligados à Educação Continuada, com o objetivo de qualificar sua atuação na área contábil.”, disse.
Dentro desse contexto, Cunha apresentou os resultados significativos obtidos pelo Ibracon ao longo dos últimos quatro anos, no que diz respeito à Educação Continuada. Ao todo, em 2010 foram realizados aproximadamente 60 cursos presenciais, que gerou quase 1.500 horas e no quesito cursos online, o Instituto atingiu a marca de cerca de 800 participantes em três etapas que contemplaram o curso durante o ano.
Para finalizar a apresentação, Cunha destacou a importância da Educação Continuada. “O desafio é suprir a demanda de profissionais em quantidade e qualidade necessária para atender às necessidades das firmas de auditoria e de contabilidade. Assim, não apenas alinhamos ao nível universitário, mas sim, desde o ensino médio, onde o jovem toma a decisão de seu futuro no que tange o que a nossa profissão pode oferecer. Com isso, estamos levantando uma bandeira junto ao Sescon, CFC, Ibracon, CRC-SP e outras entidades congraçadas que trabalham em parceria com a profissão.”, explicou.
O fechamento do painel foi marcado pela explanação de Ana Tércia Rodrigues, que apresentou os principais pontos de amadurecimento do Programa de Educação Continuada do CFC. Por isso, apresentou a quantidade de relatórios entregues no programa nos últimos três anos. Em 2010, houve registro de 3.742 entregas de relatórios. Outro ponto importante que mereceu destaque foi à apresentação do resultado do exame de suficiência, cuja média de aprovação foi de 31% dos participantes. “Em função desse resultado, muitas questões deverão ser aprimoradas com profissionais, instituições de ensino e docentes, para que esse número melhore e para que possamos ter profissionais qualificados.”, ressaltou.
Perguntas elaboradas pelo público presente aos participantes do painel encerraram as apresentações.
http://www.ibracon.com.br/noticias/destaque.asp?identificador=4159
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