Por Miguel Bispo
Dando continuidade ao post passado. Apresentamos agora alguns exemplos práticos simplificados. No próximo post iremos apresentar um exemplo mais complexo.
Vesting period e número de opções vested fixo
Uma empresa concede uma opção de compra de ações próprias ao seu presidente como parte do seu pacote de remuneração. A opção foi outorga no começo do “ano 1”. A única condição anexada à opção é a permanência pelos próximos dois anos. O valor justo da opção na data de outorga é R$ 100. O valor justo da opção posteriormente é irrelevante para sua contabilização.
O valor justo da opção de R$ 100 deve ser reconhecido durante o vesting period (dois anos). Ao final primeiro ano o saldo final no patrimônio é de R$ 50 (50% do vesting period x [valor justo * números de opções] -> ½ x [R$ 100 x 1]).
O saldo patrimonial referente a stock option no início do “ano 1” é zero, assim, a despesa do período é igual ao seu saldo final. Desta maneira, a despesa no “ano 1” é R$ 50.
Agora, ao final de “ano 2” mensuramos o saldo final patrimonial, nesse caso R$ 100 (100% do vesting period x [valor justo * números de opções] -> 1 x [R$ 100 X 1]). A despesa do ano foi de R$ 50 (PL final – PL inicial -> R$ 100 – R$ 50). A despesa de cada um dos anos foi a mesma, pois não houve alteração em nenhuma das estimativas.
Ano
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Período
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# funcionários
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# opções
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VJ/opção
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PLacumulado
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Despesa
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1
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½
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1
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1
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100
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50
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50
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2
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1
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1
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1
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100
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100
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50
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Vesting period fixo e número de opções vested variável
Idem ao exemplo anterior, só que agora o plano abrange dez diretores. No início do “ano 1” era estimado que quatro diretores saíssem da empresa até o final do “ano 2”. Ao final do “ano 1”, a estimativa se alterou para dois diretores. Ao final do vesting period (ano 2), apenas um diretor tinha se desligado da empresa.
O valor justo da estimativa de opções vested do “ano 2” deve ser reconhecido durante os dois anos. Ao final do primeiro ano o saldo no patrimônio é R$ 400 (50% do vesting period x [valor justo x números de opções] -> ½ x [R$ 100 x 8]). Consequentemente, a despesa do “ano 1” é R$ 400.
Ao final do “ano 2” o saldo final no patrimônio é R$ 900 (100% do vesting period x [valor justo x números de opções] -> 1 x[ R$ 100 x 9]). A despesa do ano foi de R$ 500 (PL final – PL inicial -> R$ 900 – R$ 400). A despesa de 2012 foi superior a 2011, pois a estimativa do número de opções aumentou de oito para nove diretores.
Ano
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Período
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# funcionários
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# opções
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VJ/opção
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PLacumulado
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Despesa
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1
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½
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8
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1
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100
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400
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400
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2
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1
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9
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1
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100
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900
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500
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Vesting period variável e número de opções vested fixo
Voltando ao primeiro exemplo, mas agora o vesting period não é fixo, ele depende do cumprimento de uma meta. Ao final do “ano 1” era esperado que a meta fosse atingida somente ao final do “ano 3”. Todavia, o “ano 2” foi muito bom e a meta foi satisfeita. Como consequência, o vesting period terminou ao final do “ano 2”.
O valor justo deve ser reconhecido durante o vesting period estimado ao final de cada exercício. Sempre contemplando as novas estimativas, sem mudar o passado.
2012 - O vesting period esperado era de três anos (final do “ano 3”). O saldo no patrimônio e a despesa têm igual valor de R$ 33,3 (1/3 do vesting period x [valor justo x números de opções] -> 1/3 x [R$ 100 x 1])
2013 - O vesting period termina e a estimativa ao final do exercício anterior (ano 1) se mostra incorreta. O vesting period real foi de dois anos (final do “ano 2”). O patrimônio deste exercício é igual ao valor justo da opção na data da outorga (R$100), pois terminou o vesting period. A despesa de 2013 foi R$ 66,7 (PL final – PL inicial -> R$ 100 – R$ 33,3)
A despesa do “ano 2” foi superior devido ao vesting period ter sido reduzido, assim, a despesa esperada em dois anos (“ano 2” e “ano 3”) foi reconhecida integralmente no “ano 2”.
Ano
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Período
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# funcionários
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# opções
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VJ/opção
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PLacumulado
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Despesa
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1
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1/3
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1
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1
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100
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33,3
|
33,3
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2
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1/1
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1
|
1
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100
|
100
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66.7
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Fonte: http://ifrsbrasil.com/passivos-e-pl/stock_options/contabilizacao-de...
http://miguelbispo.blogspot.com.br/2012/07/ifrs-contabilizacao-de-s...
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