Blog da BlueTax moderado por José Adriano
Blog da BlueTax
por Carlos Goulart
A Diretoria Colegiada da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu, em meados de março passado, aderir ao Sistema Operador Econômico Autorizado (OEA) – programa criado pela Organização Mundial das Aduanas que tem entre seus principais objetivos agilizar e dar previsibilidade ao fluxo de comércio internacional.
Este programa tem sido acompanhado pela Casa Civil da Presidência com status de prioridade, como parte das iniciativas federais para melhorar o ambiente de negócios no país. E, de fato, são muitos os benefícios proporcionados pelo OEA que contribuem para esse fim, como, por exemplo, a redução da burocracia e dos custos aduaneiros nas atividades de importação e exportação.
A globalização promoveu um crescimento vertiginoso no fluxo de pessoas e mercadoria entre os países, estimulando o crescimento da economia mundial. Por outro lado, tem sido também uma porta de entrada para o terrorismo, o que levou alguns países a buscar caminhos para agilizar o trabalho nas aduanas sem, contudo, abrir mão do rigor no controle das cargas.
O sistema OEA foi criado para solucionar essa equação e fomentar o comércio internacional por meio de cadeias logísticas seguras. Pode-se definir cadeia logística internacional como o conjunto de etapas pelas quais uma mercadoria percorre desde o momento em que sai de sua origem (exportador ou vendedor da mercadoria) até a chegada ao destino final (importador ou comprador da mercadoria).
O sistema pode representar um grande avanço para as empresas e para o país, uma vez que a adesão às suas regras eleva o nível de confiança entre as partes, promove modernização aduaneira, reforça o gerenciamento de risco e contribui para a evolução dos mecanismos de cooperação técnica entre os órgãos de fronteira. Segundo dados da Receita Federal, um dos primeiros órgãos do país a aderir ao sistema, em 2014, o Programa Brasileiro de OEA contava, em outubro do ano passado, com 168 operadores certificados, de diversos setores da economia
No caso da Anvisa, a adesão é, de acordo com a própria agência, um instrumento importante para o aperfeiçoamento e qualificação do processo de importação de produtos sujeitos à vigilância sanitária, otimizando recursos financeiros e humanos, e direcionando o esforço da fiscalização para operações que representem maior risco à população.
Vale lembrar que, entre os produtos sob a fiscalização da Anvisa, estão medicamentos, imunobiológicos (como vacinas e hemoderivados), equipamentos e materiais médico-hospitalares, reagentes e insumos para diagnóstico, e mais uma infinidade de outros produtos de saúde que possuem especificidades e necessidades únicas.
Apenas no setor de dispositivos médicos, as importações atingem cerca de U$ 4 bilhões ao ano. A adesão das empresas ao OEA requer um tipo integrado de certificado que garanta, ao mesmo tempo, segurança do produto e conformidade com as regulações e exigências da Anvisa.
Muitas empresas do setor já são certificadas no programa. Para as outras, esse é um caminho sem volta, inclusive para pequenas e médias, porque redução de prazos e segurança nos processos de importação e exportação são demandas e necessidades desse mercado.
Comprovado o cumprimento dos requisitos e critérios do programa OEA, as empresas passam a ser certificadas como um operador de baixo risco e confiável e a contar com os benefícios oferecidos pela aduana, como agilidade no desembaraço das mercadorias, simplificação e previsibilidade nos fluxos de comércio internacional. Ou seja, tudo o que as mais empresas mais desejam e necessitam para cumprirem seu papel com menos entraves e sem ter de arcar com os custos desnecessários da burocracia.
https://grupomidia.com/hcm/operador-economico-autorizado-em-prol-do...
© 2025 Criado por José Adriano. Ativado por
Você precisa ser um membro de Blog da BlueTax moderado por José Adriano para adicionar comentários!
Entrar em Blog da BlueTax moderado por José Adriano