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Nas últimas décadas, a falta de profissionais qualificados no mercado de trabalho tem sido considerada pauta constante de discussões em diversas áreas e nos mais distintos segmentos profissionais. A mão de obra qualificada existe. Entretanto, a dificuldade que assombra o mercado atual está relacionada diretamente à defasagem nos conhecimentos básicos dos profissionais.
Pensando nisso o Conselho Fiscal Empresarial Brasileiro (Confeb) elaborou um estudo com o propósito de identificar um possível “apagão de alentos”, no setor Fiscal e Tributário. O estudo foi elaborado no início deste ano, com base em uma pesquisa aplicada a mais de 600 diretores e executivos da área.
O objetivofoi saber se o departamento sofre com tais problemas, pontuar as ações elaboradas pelos diretores da área em prol da solução efetiva, além de apresentar o grau de interesse e da ausência de conhecimento destes profissionais.
Paralelamente, a análise traçou a faixa etária predominante no setor, a fim de contextualizar o apagão de talentos as mais recentes e mais antigas gerações atribuindo características a estes profissionais. Isso porque muitos executivos da área fiscal e tributária relacionam o apagão de talentos no setor às novas gerações e à ampla rotatividade na esfera em questão.
Os destaques deste estudo incluem os seguintes itens:
- O pré-requisito mais importante na contratação de executivos da área fiscal e tributária;
- A periodicidade que as empresa reciclam seus profissionais na área fiscal e tributária;
- O apagão de talentos tem sido um problema para os profissionais da área?
- Qual a formação superior da maioria dos executivos?
- Qual a faixa etária dos profissionais com defasagem nos conhecimentos?
- O grau de preparação nas universidades;
De acordo com diretores e líderes da área, a contratação dos executivos ligados ao campo fiscal e tributário é assinalada como uma ação que exige cuidado. O fato deve-se à complexidade relativa ao cargo.
Neste contexto, questões atreladas aos pré-requisitos exigidos no momento da contratação tomam grandes dimensões por parte do contratante. A primeira questão da pesquisa pontua justamente este assunto.
Apesar da exigência relacionada à formação superior estabelecida pelo mercado, o tempo de experiência na área ainda é fator primordial no setor fiscal e tributário. O item apresenta relevância proeminente na hora da escolha entre os candidatos.
Do total dos executivos entrevistados, 80% responderam que a decisão se toma pelo tempo de experiência. Apenas 9% das respostas estavam relacionadas ao curso superior.
Depois de identificar o problema relacionado à defasagem na formação superior dos profissionais, surgiram ações corporativas elaboradas com a intenção de suprir a falta de conhecimento dos atuantes no setor fiscal e tributário.
De acordo com as observações levantadas, 61% dos empregadores da área reciclam seus profissionais sempre que surge um novo tema no mercado. Sendo assim, fica explícita a preocupação em agregar conhecimentos aos funcionários e mantê-los sempre atualizados.
Entretanto a classe não segue uma periodicidade fixa com relação aos treinamentos. Apenas 28% dos entrevistados distribuem treinamentos uma vez por ano.
Como já citado anteriormente o apagão de talentos é considerado hoje um dos maiores problemas citados pela categoria. Mais de 70% dos entrevistados afirmaram considerar a falta de talentos uma preocupação atual, sendo que apenas 23% acreditam que este problema pode ser contornado de alguma forma.
Outro ponto que merece destaque, que também é considerado fator relevante para traçar o perfil dos profissionais está ligado à formação superior dos trabalhadores desta área. De acordo com o estudo, a grande parte dos executivos é formada em ciências contábeis com 73% das respostas, e em administração com 20%.
Ainda com o intuito de definir um perfil mais próximo do real, o estudo abordou a faixa etária dos profissionais que atuam na área, e que consequentemente apresentam algum déficit nas ações relacionadas ao setor fiscal e tributário.
Avalia-se então que a maior parte destes profissionais inclui-se na geração Y, já que pouco mais da metade dos diretores e gerentes afirmou que os colegas que ingressam na área têm idade entre 22 e 28 anos, e 22% garantiram que a idade correspondente destes profissionais está entre 28 a 34 anos.
Ainda com o intuito de descobrir o grau de aprendizado que o especialista da área apresenta depois de concluir o ensino superior, o Confeb elaborou a questão número 6. Ficou claro que os chefes e diretores da área consideram o quadro grave, já que apenas 1% dos entrevistados avalia o conhecimento do recém-formado como sendo ótimo.
De acordo com a pesquisa, o estudante sai da universidade despreparado. 62% dos líderes avaliam como sendo regular as condições dos recém-formados e 28% acreditam que os conhecimentos destes são péssimos, não tendo noções básicas, sem conseguir aprofundar e evoluir no tema.
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