Blog da BlueTax moderado por José Adriano
Blog da BlueTax
Especialistas já perceberam algumas mudanças inevitáveis que estão a caminho, como a obrigatoriedade de as empresas adotarem sistemas integrados (ERP) de gestão, com boa base fiscal.
A implantação do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) no Brasil vem caminhando dentro do cronograma, conforme esperado, e é pontuada por alguns problemas de ordem prática.
Atualmente, cerca de 700 mil empresas já emitem NF-e, praticamente toda a indústria e comércio atacadista, além das empresas que realizam operações interestaduais e vendas para órgãos públicos. Apesar disso, os varejistas e prestadores de serviço já recebem os documentos fiscais eletrônicos.
Aproximadamente 150 mil empresas autenticam seus livros contábeis em meio digital, via SPED Contábil, enquanto o mesmo montante transmite mensalmente seus livros fiscais de ICMS e IPI eletronicamente com a EFD-ICMS/IPI.
No primeiro trimestre de 2012 a escrituração das contribuições do PIS e da Cofins serão realizadas via EFD-PIS/Cofins por nada menos do que 1,5 milhão de empresas. Até 2014, estas mesmas companhias participarão da EFD-ICMS/IPI.
E os números não param por aí. De um total de 6 milhões de empreendimentos legalmente constituídos, 5 milhões aderiram ao Simples Nacional. Vale lembrar que há estudos em andamento sobre o projeto do SPED do Simples.
Em vista de toda essa nova tecnologia usada na relação entre fisco e contribuinte e do consequente aumento da vigilância sobre o contribuinte, certamente haverá maior burocracia fiscal e a complexidade do nosso sistema tributário também aumentará. Tudo isto vem acompanhado de uma volatilidade quântica das regras que compõem este intrincado sistema.
Especialistas já perceberam algumas mudanças inevitáveis que estão a caminho, como a obrigatoriedade de as empresas adotarem sistemas integrados (ERP) de gestão, com boa base fiscal. Infelizmente, menos de 1% do total de empresas utiliza algum tipo de software de apoio à gestão.
Paralelamente, a segurança da informação, tanto no tocante ao armazenamento quanto à tramitação, deverá ser reforçada, pois trata-se de fator crítico de sobrevivência para qualquer empresa. Mesmo com essa perspectiva, as empresas brasileiras estão se adaptando ao SPED, que já é uma realidade no cotidiano empresarial e contábil.
Como a grande maioria ainda não se adaptou, um novo adiamento do prazo seria insuficiente. Até porque diversas prorrogações ocorreram e o “despertar” ainda não foi geral. As autoridades fiscais e as entidades de classe deveriam chegar a um acordo, prorrogando os prazos, mas criando compromissos mútuos para incentivar a educação empreendedora, tanto do ponto de vista fiscal quanto tecnológico.
Trocando em miúdos, deveriam ser promovidos mais palestras, cursos e campanhas de divulgação. Afinal, essas sim devem ser as contrapartidas das entidades que negociam com as autoridades, a fim de obter delas melhores condições para aderir às muitas mudanças que esses novos tempos exigem.
Por Roberto Dias Duarte
http://revistabrasilia.com.br/?pg=desc-noticias&id=17566&no...
© 2024 Criado por José Adriano. Ativado por
Você precisa ser um membro de Blog da BlueTax moderado por José Adriano para adicionar comentários!
Entrar em Blog da BlueTax moderado por José Adriano