são Paulo - A forte expansão do mercado tributário nacional neste ano está beneficiando as empresas que criam soluções tributárias em função de importantes movimentações e mudanças fiscais. A Easy-Way do Brasil, uma das principais no mercado, faz parte deste grupo, tanto é que neste mês oito grandes empresas se tornaram suas clientes. Em entrevista exclusiva ao DCI, o presidente da empresa Reinaldo Mendes Junior disse esperar um crescimento de 40% nos negócios para este ano. "Ainda que estamos sendo modestos com esse número. O resultado pode ultrapassar as estimativas", observa. Em 2010, a companhia alcançou R$ 30 milhões em faturamento.
Para ele, o ponto central da demanda para este ano deve ser gerado com a adaptação a apurar PIS e Cofins por meio da Escrituração Fiscal Digital (EFD-PIS/Cofins), declaração englobada ao Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). Na primeira fase do projeto - de abril até sete de junho deste ano - serão mais de 10 mil empresas obrigadas a declarar pelo EFD-PIS/Cofins. A segunda etapa obriga que 137 mil empresas pertencentes ao lucro real entreguem as informações ao fisco a partir de julho. O total de 1,2 milhão de empresas deverá estar adaptado até o final do ano. "Somente em 2010, a demanda no mercado praticamente dobrou com relação a 2009. E esperamos que isso ocorra neste ano", comenta Mendes Junior, cuja solução para a entrega de PIS e Cofins é Easy-ePIS/Cofins.
Investimentos
Dentre os clientes auxiliados pela Easy-Way para o EFD-PIS/Cofins, a Easy Way desenvolve 45 projetos, sendo que 40 deles estão no primeiro grupo para entregar a apuração dos impostos. "Ainda estão todos em dia", afirma ele, ao ressaltar que 12 projetos estão prontos. Por outro lado, o trabalho da empresa deve continuar até o final do ano, já que, segundo Mendes Junior, "80% do mercado financeiro são clientes da Easy Way", último setor obrigado nesse projeto de escrituração digital. Ao todo, a empresa atende a mais de 15 mil empresas de médio e grande porte, de diversos setores. O volume de clientes engloba, entre outros, a Gerdau, Perdigão, AmBev, Andrade Gutierrez, Banco Bradesco, Citibank, Telefônica, Embratel, Claro e TV Globo.
Para melhorar o atendimento aos clientes e aumentar os negócios, a Easy Way já está a investir na contratação de pessoal, na divulgação das informações e nas atualizações cada vez mais automática de sistemas. Segundo Mendes Junior não há valor total do tamanho desse investimento.
A acompanhar esses investimentos, o presidente da Easy Way prevê que haverá um boom a partir de 2012 com relação ao que chama de cruzamentos de "Speds". "O Sped Fiscal incomodou muita gente e há casos de empresas que querem trocar de solução. Além disso, não há um retorno para saber se as informações que chegaram a Receita Federal estão corretas e, assim, se o fisco não vai demandar mais modificações. Todos os Speds têm uma série de layouts e uma série de informações que precisam ter coerência entre si e, em 2012 serão cruzadas. Com o cruzamento das informações do Sped contábil e do Sped Fiscal e do EFD-PIS/Cofins, as empresas começaram a ser questionadas pelo fisco, o que vai gerar outro boom no mercado", explica ele.
Apesar de uma solução da Easy Way poder chegar a R$ 300 mil, Mendes Junior ressalta que ao auxilio da empresa diminui contingente fiscal da cliente. "Quanto mais informatizado, mais fácil o controle fiscal. Nos Estados Unidos, por exemplo, isso não acontece", diz. Porém, ele lembra que o sistema tributário brasileiro precisa passar por mudanças. "Os clientes que tentavam aprovar a solução [brasileiros ou estrangeiros] não entendem as questões tributárias, mas aceitam e cumprem a determinação conforme a lei [do Sped]. A mudança no sistema tributário passa por uma reforma estrutural no governo. Mas quero acreditar que, pelo menos, a redução das alíquotas dos impostos pode ocorrer."
Carga tributária
O presidente da Easy Way entende que a redução das alíquotas beneficiada, entre outros fatores, pelo Sped facilitaria a diminuição da carga tributaria. "Antes do Sped muitas pessoas deixavam de recolher impostos, com isso quem arrecadava era as grandes empresas e as corretas. Agora isso mudou", diz. "Os contribuintes devem entender que a arrecadação dos impostos e apresentação correta de todas as informações obrigatórias podem ajudar na redução da carga tributária do Brasil", acrescenta.
25/04/11 - 00:00 > POLÍTICA ECONÔMICA
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