Eleições: Aécio defende simplificar sistema tributário e investimentos de 24% do PIB

por Laryssa Borges


Neves: “Enfrentando simplificação do  na largada do nosso , essa simplificação abrirá as portas para que possamos ter uma redução horizontal da 

O candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, afirmou nesta quarta-feira que, se eleito, terá a meta de garantir até 2018 investimentos totais de 24% do  (). Em sabatina promovida pela Confederação  da Indústria (CNI), o tucano disse que o governo do PT adotou uma “visão patrimonialista” do Estado brasileiro, loteou a  pública e colocou em xeque o crescimento econômico.

“Os resultados pífios da  brasileira são consequência de opções erradas que o atual governo fez ao longo dos últimos anos. Não é possível assistirmos à velha cantilena de transferência de responsabilidades pelos péssimos resultados da . O empresariado brasileiro é extremamente competitivo, não fosse o despropósito do custo  a que estão submetidos hoje”, disse para, em seguida, ironizar a quantidade de programas anunciados pelo governo federal. “Não esperem do nosso governo o plano A, o  Melhor, o  Muito melhor, o  Maior. Esperem regulação clara dos mercados e ação do governo para aumentar a produtividade e qualidade dos serviços”, disse.

“A meta que estou estabelecendo para o meu futuro governo é que possamos, ao final de 2018, saltar de 18% do PIB em investimentos para 24% do PIB em grande articulação do governo com o setor privado e com a criação de um grande ambiente favorável a negócios”, declarou.

Crescimento e  — “Não é crível que a nossa situação no Brasil seja pior em relação a crescimento e expectativa [de crescimento] na comparação com vizinhos [da América Latina]. Represento a grande e nova aliança com sociedade para romper com estruturas carcomidas que aqui estão. O Estado não precisa ser ineficiente apenas por ser Estado”, disse. Em exposição para empresários, o candidato ainda recorreu ao fracassado jogo entre Brasil e Alemanha, na Copa do Mundo, para criticar o baixo crescimento econômico – o boletim Focus, no Banco Central, estimou ampliação de apenas 0,9% na economia este ano – e o recrudescimento da , que estourou o teto da meta.

“Este 7 a 1 [contra a Alemanha] foi muito triste, mas isso é o que menos preocupa. O que preocupa são 7% de inflação e 1% de crescimento”, disse. Assim como fez Eduardo Campos (PSB), Aécio Neves também prometeu a ampliação de recursos para obras de infraestrutura até para que se atinja de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) e disse que o Brasil deve costurar novas relações comerciais com Estados Unidos, União Europeia e China. Embora, pelo menos no papel, o governo federal conte com 550 bilhões de reais para o Programa de Investimento em Logística (PIL), as concessões de modais de transportes foram travadas, em alguns casos, pelo desinteresse do investidor, que reclama cotidianamente da falta de marcos regulatórios claros e das baixas  de retorno para as obras.

 — No debate promovido pela CNI, o tucano Aécio Neves também defendeu a aprovação de uma , como fez Campos. Mas disse que, se eleito, focará em um primeiro momento na simplificação do sistema de . O esboço de  discutido pela campanha de Aécio prevê a criação da Secretaria de Simplificação do Sistema Tributário, colegiado que funcionará por até sessenta dias para elaborar um projeto de lei para a simplificação do sistema tributário, diminuição dos impostos indiretos, viabilização de um  sobre Valor Agregado (IVA) no âmbito federal e criação de mecanismos de compensação dos créditos tributários. Em uma segunda fase, se discutiria a redução da carga tributária e um pacto entre estados para o fim da . “Enfrentando simplificação do sistema tributário na largada do nosso governo, essa simplificação abrirá as portas para que possamos ter uma redução horizontal da carga tributária”, defendeu.

Embora as discussões sobre o fim da guerra fiscal esbarrem em constantes impasses federativos, o candidato do PSDB disse que, para viabilizar este ponto e os demais relativos à  tributária, será necessário fazer um “controle efetivo e claro” dos gastos correntes do governo. “Só vamos ter espaço fiscal necessário no momento em que encaixarmos o crescimento dos gastos correntes no crescimento da própria economia”, disse.

Entre suas propostas, Aécio Neves também defendeu, sem apresentar detalhes, a integração das empresas brasileiras a cadeias globais de produção e o combate ao chamado . “Precisamos de um ambiente de negócios e de regulação, com agências reguladoras resgatadas como instrumentos da sociedade, um sistema tributário mais ágil e um choque de infraestrutura e parceria com o setor privado”, disse. Ao empresariado, o candidato do PSDB criticou o governo federal por definir previamente a taxa de retorno dos programas de concessão. “Não cabe a governo nenhum estabelecer taxa de retorno para quem investe no Brasil. Isso cabe ao setor privado. Cabe ao governo estimular que ele ocorra com regras claras e sem esse nefasto intervencionismo que se tornou marca desse governo nos últimos anos”, afirmou.

Apesar de, em tese, ter a preferência do setor , o candidato tucano optou por utilizar grande parte de sua exposição para críticas ao governo federal, às recorrentes maquiagens fiscais promovidas pelo Tesouro Nacional e à falta de estabilidade de regras para o ambiente de negócios. “Não sou candidato à presidência da República para colocar um retrato na parede, mas para fazer o que não foi feito. Falta no Brasil liderança política e coragem política de fazer o que precisa ser feito”, declarou.

Para o tucano, é preciso buscar um “nível de crescimento minimamente respeitável” e combater o inchaço da máquina pública com medidas como, por exemplo, a redução do número de ministérios. “Hoje há uma estrutura ministerial absurda, anacrônica e vergonhosa”, disse. Pela proposta desenhada pela campanha tucana, haveria a redução dos atuais 39 ministérios para 22. O número de pastas de primeiro escalão leva em conta estudo desenvolvido em 2008 pelos físicos Peter Klimek, Rudolf Hanel e Stefan Thurner e que avalia o “coeficiente de ineficiência” das estruturas de governo. De acordo com a tese desenvolvida pelos professores da Universidade Cornell, governos mais eficientes são formados por grupos menores com um intervalo de dezenove e 22 ministérios.

Programa de governo – Nas propostas que apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o candidato do PSDB já havia defendido que a competitividade produtiva poderia ser atingida com investimentos em produção, em infraestrutura social e em políticas de desburocratização. Assim como os demais postulantes ao Palácio do Planalto, não há detalhamento de como as promessas seriam colocadas em prática. De acordo com a campanha do tucano, o programa enviado ao TSE será aprimorado a partir de sugestões de eleitores e de especialistas.

Para Aécio, a melhoria da produtividade de empresas nacionais será possível com a modernização do parque industrial brasileiro, pela melhoria no ambiente de negócios e pela capacitação das companhias. “O crescimento do emprego, a ampliação e qualificação do mercado interno e a expansão das exportações põem no centro da política econômica a questão da produtividade”, justificou o candidato ao TSE.

Fonte: http://veja.abril.com.br/

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