Para apoiar o trabalho dos auditores fiscais da Secretaria de Fazenda do Paraná, a Inspetoria Geral de Arrecadação vinha utilizando o "Boletim de Arrecadação", um documento criado pela Inspetoria e que agrupava diversos relatórios com dados sobre recolhimento, faturamento, situação dos contribuintes e outras informações importantes para otimizar a gestão tributária.
No entanto, o crescimento exponencial do volume de dados gerados pelos contribuintes, além da necessidade de maior transparência, fez com que os relatórios estáticos se tornassem obsoletos, insuficientes para a tomada de decisão. Com a implantação da plataforma analítica da Microstrategy, o Boletim de Arrecadação tornou-se um produto de BI e os fiscais e gestores dispõem hoje de vários painéis interativos, cujos gráficos, tabelas e estatísticas são geradas a partir de dados atualizados diariamente. Junto à objetividade, atualidade e precisão das informações, o novo ambiente permite, conforme o caso, que se aprofundem as visualizações, até chegar aos dados em cada um dos 399 municípios do Estado do Paraná.
"Para o público interno, o BI permitiu que, pela primeira vez na história da Sefaz/PR, todos os auditores tivessem acesso a informações corporativas, tais como volume de arrecadação por Delegacia Regional e por ramo econômico, maiores empresas arrecadadoras, ou evolução do recolhimento de setores econômicos específicos", constata Glauco Oscar Ferraro Pires, da Assessoria e Gerência de Tecnologia da Informação da Sefaz do Paraná. "A disponibilização de relatórios gerenciais também foi modernizada, na medida em que trouxe a possibilidade de utilizar uma vasta gama de funcionalidades que antes não existiam em nosso ambiente, como alertas automáticos, visualizações interativas e dinâmicas, navegação fácil dos dados, recebimento diário no e-mail de painéis gerenciais e contextualização de informações", acrescenta.
Antes do projeto de integração de dados e BI, o Boletim de Arrecadação era um documento impresso de setenta páginas, atualizado apenas mensalmente e que demandava quatro dias de trabalho das equipes da Inspetoria Geral de Arrecadação. Era necessário coletar os dados de diversas fontes, fazer manualmente a integração, criar cruzamentos e filtros no MS Access, exportar o resultado do MS Access para MS Excel (para montagem de gráficos e tabelas) e por fim gerar um arquivo PDF com o conjunto de relatórios. Pires esclarece que toda a inteligência acumulada na elaboração desses relatórios foi preservada e alavancada. A diferença é que hoje o Boletim de Arrecadação é composto por um conjunto de painéis interativos, que apresentam diversas possibilidades de filtragem, correlação e visualização dos dados. A automação da apresentação, junto a uma implementação de data warehouse, deu condições aos fiscais e gestores de trabalhar com as informações coletadas diariamente.
Além da qualidade da informação e redução de custo operacional, a facilidade de acessar e contextualizar a informação também propicia um ambiente mais dinâmico de criação de novas aplicações. O ganho de produtividade também pode ser considerado relevante e reflete positivamente para os negócios da instituição. "Estão sendo desenvolvidos relatórios na área de fiscalização, para que os trabalhos de auditoria sejam facilitados por cruzamentos de várias bases de documentos fiscais e otimizados pela indicação automática de quais empresas devem ser fiscalizadas em função da possibilidade de recuperação de créditos tributários", exemplifica.
No portal de BI, todos os auditores fiscais têm acesso ao Boletim de Arrecadação. Há ainda os ambientes do Boletim Delegacia Regional, para gerência regional, e do Boletim Informativo, restrito à gerência superior. Além dos filtros e geradores e de gráficos e tabelas, a solução inclui a possibilidade de alertas por e-mail para disparar ações baseadas em regras de negócio automatizadas.
Pires conta ainda que os resultados obtidos no trabalho da Inspetoria Geral de Arrecadação motivaram outras iniciativas com a plataforma da Microstrategy, principalmente no aperfeiçoamento e automação dos controles de metas de projetos da Coordenação da Receita do Estado. "Outras áreas também estão desenvolvendo produtos que têm sempre dois eixos: obtenção da 'verdade única' da informação dentro da organização; e automação de processos, para otimizar o trabalho de funcionários qualificados", observa.
Junto aos benefícios relacionados à recuperação de tributos e atendimento mais célere ao contribuinte, a plataforma de BI também incrementa a disciplina fiscal interna da organização pública. A área administrativa desenvolveu dashboards específicos para controle das contas de luz, correios, água e telefone. A ferramenta trouxe a possibilidade de gerenciar de fato o consumo desses itens nas 43 unidades prediais da Receita Estadual.
Fonte: Convergecom.com.br
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