MACEIÓ, QUARTA-FEIRA, 02 DE SETEMBRO DE 2009

Sistema público de escrituração digital deve modernizar serviços contábeis no Brasil e evitar sonegação fiscal
FÁTIMA ALMEIDA - Repórter

As mudanças no sistema de informação fiscal e contábil, que estão sendo implantadas com o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), estão deixando empresários e escritórios de contabilidade apreensivos. No meio empresarial, a expectativa em relação ao novo vem junto com a maior exposição fiscal que a escrituração digital impõe às empresas, diante dos órgãos de fiscalização fazendária.
No meio contábil, a apreensão é devido à responsabilidade do conhecimento que o novo sistema requer, e que acaba caindo nos escritórios de contabilidade, sobretudo num Estado como Alagoas, onde mais de 80% das empresas são de micro e pequeno porte, moldadas a uma administração de natureza familiar.
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Empresas alagoanas cobram parceria do Estado
Na opinião do contabilista Cícero Torquato, o empresário deve estar consciente de que o Sped veio para tornar sua empresa, de certa forma, “nua” perante o fisco. E isso vai exigir deles muita organização contábil. Para os contabilistas, avalia ele, o grande desafio é a atualização, não apenas em relação à contabilidade e tributação, mas também em relação às ferramentas da tecnologia da informação. “A era do guarda-livros passou”, resume ele.
Essa é a melhor parte, na avaliação do vice-presidente de fiscalização do CRC. No entanto, Luiz Guimarães exprime a mesma preocupação do presidente da Fecomércio, Wilton Malta, de que o novo sistema acabe sobrecarregando os contabilistas, devido à falta de informação e de estrutura do empresariado alagoano.
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Usinas começaram a usar sistema em janeiro deste ano
O grande investimento que deve ser feito pelas empresas, na avaliação do contabilista Cícero Torquato, é em capacitação, e isso, segundo ele, foi uma das primeiras providências adotadas em sua empresa para lidar com o novo sistema de escrituração. É o que orienta, também, a Secretaria da Fazenda.
“Temos participado de algumas palestras para entidades, respondido aos pedidos de orientação por e-mail, esclarecido muitas dúvidas, mas o empresário tem que ter noção para lidar com esse novo sistema”, diz o assessor da diretoria de planejamento e fiscalização da Sefaz, Kleberson do Rego Lima.
O Conselho Regional de Contabilidade reconhece que o segredo está mesmo na capacitação e garante que isso vem sendo oferecido tanto pela entidade quanto pelos sindicatos, por meio de palestras e reuniões.
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Sped abrange vários programas fiscais
O conceito do Sped é único. “É o Sistema Público de Escrituração Digital instituído pelo Decreto nº 6.022/2007, com finalidade de unificar as atividades de recepção, autenticação, validação e armazenamento de documentos e livros fiscais e contábeis, por meio eletrônico”, explica Antônio Carlos Alberto.
O fiscal de tributos da Sefaz Kleberson Lima o define como um “guarda-chuva” que abrange vários projetos, entre eles a Nota Fiscal Eletrônica, a Escrituração Fiscal Digital (EFD) e a Escrituração Contábil Digital (ECD), com objetivo de promover a integração entre as administrações tributárias federal e estaduais, e padronizar o fornecimento de informações.
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http://gazetaweb.globo.com/v2/gazetadealagoas/texto_completo.php?cod=152066&ass=9&data=2009-08-30

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